Resumo

Introdução: Embora haja discordância, sugere-se que os antipiréticos reduzem a temperatura corporal durante o exercício físico em diferentes condições ambientais. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito agudo do paracetamol na temperatura corporal, metabolismo da amônia e desempenho após o exercício sob um ambiente com baixo estresse térmico. Métodos: Oito ciclistas treinados do sexo masculino, foram divididos em dois grupos: suplemento com paracetamol (PCT) e placebo (PLA), duplo-cego e crossover. Ambos os grupos realizaram uma sessão de ciclismo de 30 minutos e logo em seguida realizaram teste de exaustão (TE). A temperatura corporal e as amostras de sangue foram obtidas em repouso, durante e após o exercício. Os testes cognitivo-motores foram realizadas antes e depois da sessão de ciclismo, e o tempo de exaustão foi utilizado para avaliar o desempenho físico. Resultados: a temperatura corporal do PLA aumentou significativamente nos momentos 30 min e TE (37,5 ± 0,17ºC e 37,4 ± 0,13ºC, respectivamente), mas não no grupo PCT. As concentrações de amônia, ureia e urato no sangue não apresentaram diferença significante entre os grupos. Observou-se um aumento significante no lactato no momento TE em ambos os grupos. Não houve diferença significante nos tempos de exaustão entre os grupos e nos testes cognitivo-motores após o protocolo. Conclusão: PCT (500 mg) atrasou a elevação da temperatura corporal durante o exercício contínuo, mas não durante o teste incremental máximo. No entanto, não foram observados efeitos no amônia plasmática e no desempenho físico ou cognitivo-motor devido ao PCT sob condições de baixo estresse térmico.

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