Resumo

O movimento de plantiflexão e dorsiflexão do tornozelo tem uma importância funcional na sustentação da postura bípede e no caminhar, assumindo relevância em atividades diárias e no contexto desportivo. A ACP tem sido estudada como possível recurso coadjuvante às técnicas convencionais de recuperação a cargas de treinamento. O objetivo foi avaliar a influência da intervenção aguda por ACP na resistência física em sujeitos submetidos a exercício repetitivo de plantiflexão e dorsiflexão de tornozelo. O estudo foi do tipo ensaio clínico-experimental cego por parte do voluntário e avaliador com avaliação quantitativa e grupo controle. A amostra foi composta por 47 voluntários do sexo feminino, com idades de 18 a 55 anos (média 36,3 ± 10,6). Os voluntários foram separados por alocação determinística em alternância sequencial em três grupos: acupuntura (GACP n=16), acupuntura sham (Gsham n=16) e controle (GCRT=15). Todos os grupos realizaram o exercício de planti e dorsiflexão no equipamento reformer do método Pilates, antes e após a intervenção. Utilizou-se no GACP o acuponto E36 (Zusanli). O Gsham recebeu agulhamento superficial, fora do ponto de ACP, e o GCRT não recebeu intervenção. Todos os três grupos permaneceram em repouso por 20 minutos, durante a aplicação. Foram utilizadas agulhas filiformes descartáveis 0,25x40mm. Após 24 horas todos os voluntários foram reavaliados no número de repetições. Houve diferenças significativas na variação no número máximo de repetições no pré-tratamento para o pós-imediato (p= 0,004), porém não entre os momentos pré tratamento comparado ao pós 24 horas. Concluiu-se que houve aumento no número máximo de repetições em todos os grupos, sendo no GACP o responsável pelo maior aumento (31,5%).Referências 1. Westcott WL. Resistence training is medicine: effects of strength training on health. Curr Sports Med Rep. 2012; 11(4): 209-216. 2. 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