Resumo

O estudo teve como objetivo identificar o efeito discriminante de variáveis mor-fológicas e de variáveis relacionadas com o alcance de ataque no nível de desempenho de voleibolistas da categoria infanto-juvenil do sexo feminino. A amostra incluiu voleibolistas da categoria infanto-juvenil (N=40), divididas em dois grupos: Seleção Nacional Brasileira (n=21) com idade = 15,86 ± 0,36 anos, massa corporal = 68,11 ± 8,73 kg, estatura = 181,61 ± 6,11 cm; e Seleção Estadual do Rio Grande do Norte (n=19) com idade = 15,16 ± 0,88 anos, massa corporal = 60,54 ± 7,60 kg, estatura = 170,52 ± 7,97 cm. Para identificar o somatotipo utilizou-se o protocolo de Heath & Carter. Para determinação da altura máxima de ataque e da impulsão vertical, foi utilizado o Sargent Test adaptado. As medidas dos dois grupos foram comparadas através do teste t de student para amostras independentes. Foi aplicada a função discriminante tendo como variáveis independentes as medidas recolhidas e como variável dependente o nível de prestação (grupo). Verificaram-se diferenças entre os dois grupos na massa corporal, massa gorda, estatura, altura máxima de alcance, alcance de ataque e somatotipo. A função discriminante identificou que as variáveis caracterizadoras do somatotipo (endomorfia, ectomorfia e mesomorfia) não apresentavam coeficiente de correlação modular superior a 0.30. Nesta função, o coeficiente de correlação canônica foi de 0.856. Conclui-se que em voleibolistas infanto-juvenis do sexo feminino, o somatotipo e a impulsão vertical não permitem diferenciar jogadoras segundo o nível de prestação e que a estatura é a medida morfológica mais determinante para chegar ao alto rendimento.

Acessar Arquivo