Resumo

O objetivo da presente dissertação de mestrado foi analisar as respostas agudas de diferentes tempos de intervalo no desempenho muscular, respostas hormonais e percepção subjetiva de esforço (PSE). Para esse fim, dois estudos foram realizados. No primeiro estudo, após teste e reteste de três repetições máximas (3RM), 16 homens treinados (23,75 ± 4,21 anos, 74,63 ± 5,36 kg, 175 ± 4,64 cm; força relativa no supino horizontal: 1,44 ± 0,19 kg/kg de massa corporal), foram aleatóriamente ordenados para executar cinco séries consecutivas, com cargas de 3RM com um, dois, três e cinco minutos de intervalo entre as séries. Os resultados evidenciaram um maior número de repetições concluídas com um, dois, três e cinco minutos, quando comparados a um minuto de intervalo (p <0,05). Nenhuma diferença foi observada entre dois, três e cinco minutos de intervalo em nenhuma das cinco séries. Para um minuto observamos reduções significativas no desempenho (comparado a primeira série) começando com a segunda série, ao passo que para as outras condições (dois, três e cinco minutos), tais reduções no desempenho não ocorreram até o início da terceira e quarta séries. Os valores da PSE foram maiores imediatamente antes da execução da segunda série para um minuto de intervalo comparado a três e cinco minutos. Aumentos da PSE coletada imediatamente após a execução de cada série, também foram observados para um minuto de intervalo, comparado a cinco minutos, a partir da segunda série. Para o segundo estudo, 10 homens treinados foram selecionados e familiarizados com os procedimentos de coleta. Os sujeitos foram conduzidos a duas sessões de teste de 1RM no exercício supino horizontal, separadas por 48 horas totalizando quatro visitas para familiarização e testes de carga. Então, os sujeitos foram ordenados de forma alternada, para realizar duas sessões separadas por uma semana. Cada sessão foi constituída por cinco séries submáximas de três repetições com cargas para 85% de 1RM para um e três minutos de intervalo com verificações hormonais nos seguintes momentos: pré-exercício (PRÉ) pós-exercício (T0, T15 e T30). Para testosterona total (TT) e relação testosterona total/cortisol (TT/C), um minuto de intervalo apresentou elevações significativas no T0. Já para três minutos de intervalo, todas as verificações (T0, T15 e T30) apresentaram incrementos significativos quando comparados ao PRÉ. Já para testosterona livre (TL), um minuto de intervalo apresentou elevações nos momentos T0 e T15. Em contraste, a condição de três minutos de intervalo apresentou aumentos significativos da concentração da TL em T15 e T30, quando comparados a PRÉ. Para o hormônio do crescimento GH, ambas as condições de intervalo apresentaram aumento no T0. Para o cortisol (C) não houve diferença significativa (p > 0,05). Concluímos ao final desta dissertação que a prescrição de dois a três minutos de intervalo entre séries parece ser a melhor estratégia para manutenção do desempenho muscular. Adicionalmente, três minutos de intervalo proporcionou maior duração em relação a um minuto para TT, TL e relação TT/C mantendo-se consistente por até 30 minutos pós-exercício.

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