Resumo

Introdução: Os programas de treinamento aeróbio têm demonstrado bons resultados no controle das variáveis de risco cardiovascular em indivíduos diabéticos; no entanto, os efeitos nos níveis de homocisteína não estão claros. Objetivo: Analisar os efeitos do treinamento aeróbio nos níveis plasmáticos de homocisteína e fatores de risco cardiovascular em indivíduos diabéticos do tipo 2. Métodos: Participaram do estudo 15 mulheres com diabetes do tipo 2 e média de idade 68,86 ± 11,2 anos. Todos os indivíduos da amostra foram submetidos a um teste de avaliação do consumo máximo de oxigénio (VO2máx) seguindo o protocolo de Bruce, avaliação da pressão arterial e avaliação antropométrica. Foi também efetuada uma coleta de 10 ml de sangue (veia antecubital) em jejum de no mínimo 12 horas. O plasma foi separado e processado para posterior análise da concentração de homocisteína (mmol/l), colesterol total (mg/dl), lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL) (mg/dl), lipoproteína de baixa densidade (LDL) (mg/dl), lipoproteína de alta densidade (HDL) (mg/dl), triglicérides (mg/dl) e glicemia (mg/dl). Os testes foram feitos antes e após 16 semanas de treinamento aeróbio. O programa foi realizado com 2 sessões de treinamento não consecutivas por semana, com intensidade compreendida entre 60% e 70% da frequência cardíaca máxima e duração de 75 minutos por sessão. Resultados: Os resultados observados revelam que o programa de exercício físico induziu uma diminuição não significativa da concentração plasmática de homocisteína. Foram ainda identificadas melhorias do perfil lipídico e do Consumo Máximo de Oxigênio (VO 2máx), diminuição da glicemia, da pressão arterial diastólica, do percentual de gordura e massa gorda. Conclusão: Conclui-se que o programa de treinamento aeróbio reduziu o risco cardiovascular em indivíduos diabéticos do tipo 2, embora a alteração da homocisteína não tenha sido significativa.
 

Acessar Arquivo