Resumo

Introdução: Quando solicitados a realizar movimentos do braço com reversão, indivíduos com síndrome de Down são lentos e desarmônicos. Uma explicação para esse comportamento é a dificuldade encontrada por essa população para coordenar os torques musculares gerados nas articulações do ombro e cotovelo. Objetivo: Testar a hipótese que o aumento de força muscular, obtido através de um protocolo de treinamento validado para esse grupo, seria refletido numa melhora no desempenho (como por exemplo, aumento da velocidade) de movimentos do braço com reversão. Essa melhora seria explicada por mudanças nas estratégias de geração e coordenação dos torques do ombro e cotovelo. Materiais e Métodos: Antes e após o período de treinamento, indivíduos com síndrome de Down participaram de um teste de movimentos do braço com reversão. Os movimentos foram reconstruídos utilizando Optotrak (3020) e os torques musculares e de interação da articulação do ombro e cotovelo foram calculados utilizando a Dinâmica Inversa. Resultados: O protocolo de treinamento utilizado nesse estudo se mostrou eficiente para aumentar a força muscular de indivíduos com síndrome de Down e a velocidade dos movimentos. O ganho de velocidade durante o movimento de ida foi obtido através de um aumento do torque muscular do ombro e do torque de interação do cotovelo. O aumento de velocidade na volta pode ser explicado por uma melhora no acoplamento linear entre esses torques. Conclusão: Esse estudo reforça a hipótese que indivíduos com síndrome de Down podem se beneficiar de protocolos de treinamento de força para melhorar seu desempenho motor.

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