Resumo

O efeito da manipulação das variáveis associadas ao protocolo de treinamento de força é investigado com o intuito de se compreender como diferentes configurações destes protocolos podem contribuir para otimizar as adaptações provocadas pelo treinamento. Embora o estresse mecânico seja apontado como fator importante para induzir adaptações ao treinamento de força, informações sobre a relação força x ADM (perfil cinético) em um teste de força máxima (e.g. teste de 1RM) antes e após um período de treinamento ainda são escassas. Dados referentes ao perfil cinético do desempenho em um teste de 1RM pode contribuir para um melhor entendimento das estratégias individuais de produção de força ao longo da ADM. Cabe ainda questionar se o perfil cinético registrado durante um teste de 1RM pode ser modulado de maneira específica por meio da configuração do protocolo de treinamento. Sendo assim, investigar se protocolos com diferentes durações das repetições (diferentes perfis cinéticos) pode modificar o perfil cinético de um teste de 1RM e se os protocolos interferem de forma diferente no aumento do desempenho do teste, permitirá ampliar a compreensão relativa à prescrição do treinamento, considerando esta perspectiva mecânica. Participaram deste estudo 9 voluntários do sexo masculino com idade entre 18 e 30 anos que estavam há seis meses, pelo menos, sem participar de um programa treinamento de força. Foram utilizados dois protocolos de treinamento durante 14 semanas, configurados com 3 a 4 séries com o número máximo de repetições, 3min de pausa entre séries e intensidade entre 50 e 60% de 1RM no exercício extensão de joelhos unilateral. Os protocolos foram diferenciados pela duração da repetição: um com 2 segundos (2s) e o outro, 6 segundos (6s). Os protocolos promoveram ganhos semelhantes no desempenho de força máxima dinâmica (teste de 1RM), assim como não alteram o perfil cinético do teste de 1RM, promovendo ganhos nos valores de força em toda a ADM, sem diferença entre os protocolos.

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