Resumo

O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência do exercício físico aeróbio (EFA) associado às estatinas, no controle do perfil lipídico. Este estudo experimental utilizou ratos Wistar submetidos à dieta hipercolesterolêmica (DH) e simvastatina, com EFA (G1) e sedentarismo (G2); DH e fluvastatina, com EFA (G3) e sedentarismo (G4); ração comercial, com EFA (G5) e sedentarismo (G6); DH, com EFA (G7) e sedentarismo (G8). O EFA foi realizado em esteira rolante durante oito semanas. Na análise comparativa considerou-se nível de significância para p? 0,05. Notou-se redução significante no nível de colesterol total (CT) associado à EFA (62,5?7 a 73,2?22,9mg/dL), exceto em G1 (103,3?37,6mg/dL), comparado a sedentarismo (variação entre 81,7?19,8 a 112?25,9mg/dL). Observou-se redução nos níveis de HDLc nos grupos submetidos a DH, com EFA (G7=12,1?2,6mg/dL) ou sedentarismo (G8=15,2?2,9mg/dL), comparado aos demais (variação entre 25,1?10 a 41,4?8,8mg/dL). Houve aumento da fração não-HDLc em G1, G6 e G8 (76,8?28,4; 71,4?19,9; 62,9?17,3mg/dL, respectivamente), comparado aos demais (variação entre 45,4?15,3 a 52,8?18mg/dL). Notou-se, ainda, redução nos níveis de triglicérides nos grupos com DH e hipolipemiante, com EFA (G3=53,3?33mg/dL) e sedentarismo (G2=45,1?20,0 e G4=79,3?23,3mg/dL), exceto em G1 (89,6?30,4mg/dL), e G6 (108,2?20,6mg/dL). Conclui-se que o EFA associado à fluvastatina parece potencializar o tratamento de dislipidemia, considerando a redução nos níveis de CT, comparado a simvastatina, no entanto, alterações em HDLc são resistentes mesmo com EFA e hipolipemiantes. A variação nos níveis de triglicérides e não-HDLc dificulta avaliar a associação entre EFA e hipolipemiantes, exigindo estudos mais amplos.

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