Resumo

Esportes com calendários congestionados como o futebol precisam ser monitorados para garantir que estratégias de recuperação como o crioterapia por imersão (CWI) sejam implementadas para melhorar o desempenho e minimizar o risco de lesões em esportistas. Esta técnica é muito aceita por profissionais da saúde e atletas, porém os estudos ainda são controversos em relação aos benefícios fisiológicos Objetivo: Avaliar o efeito acumulativo de CWI no processo de recuperação muscular de atletas de futebol. Materiais e Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado. Foram incluídos 23 atletas aleatoriamente divididos em dois grupos: controle (10 minutos sentados) e experimental (CWI 10°C ±10 minutos). Ao todo, foram realizadas 7 sessões imediatamente após o treino. Foram avaliados, Creatina Quinase (CK), Lactato Desidrogenase (LDH), Atividade Eletromiográfica (pico do reto anterior, vasto lateral, bíceps femoral), Força Isométrica de flexores e extensores de joelho, Potência do Salto, Percepção Subjetiva de Esforço (PSE) e Percepção de Recuperação (PR). As avaliações funcionais ocorreram no primeiro dia (pré e pós treino) e repetidas no último dia. Além destes momentos, CK e LDH foram mensuradas com 24 horas após o esforço. PSE e SR foram coletadas todos os dias. A análise estatística utilizada foi a Anova Mista, com Post-Hoc de Bonferroni, considerando o nível de significância de 5%. Resultados: Observou-se interação significativa nos níveis de CK (p=0,02), tempo (p=0,005) e para grupos nos dias 9 e 10 (p= 0,01). Para LDH houve diferença intragrupos (p=0,03) e intergrupos no dia 10 (p=0,03). Não obtiveram diferenças para as análises de desempenho neuromuscular nem para a PSE. Para a SR houveram diferenças intragrupos (p=0,001) e intergrupos (P=0,033) para o quinto e sexto dia. Conclusão: O uso acumulativo da crioterapia por imersão atenua o dano muscular, não inibe o processo de adaptação para melhora do desempenho e promove sensação de recuperação.

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