Resumo

Objetivo: Investigar o efeito de um programa de exercícios aquáticos de 13 semanas sobre a atividade da doença, capacidade funcional e qualidade de vida, em pacientes com artrite reumatóide (AR) ativa. Método: 16 pacientes foram divididos, por ordem de encaminhamento, em grupo exercício (GE - n=7) e grupo controle (GC - n=9). O GE participou de um programa de exercício aquático, realizado 3 vezes por semana, com sessões de 50 minutos de duração. O GC continuou suas atividades habituais sem interferência dos pesquisadores. A atividade da doença foi medida pelo Disease Activity Score 28 (DAS28). Dois testes foram escolhidos para avaliar a capacidade funcional: Teste Timed Up and GO (TUG) e Teste de Alcance Funcional (TAF). A qualidade de vida foi avaliada através do Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36). Resultados: Foi encontrada diferença significativa entre os grupos GE e GC no número de articulações doloridas (DAS28). Nas medidas intragrupo, foram encontradas melhoras significativas nos indivíduos do GE na atividade da doença (redução do número de articulações edemaciadas e doloridas, redução da PCR e melhora da percepção da atividade global da AR), na capacidade funcional (TAF) e na qualidade de vida (diminuição da percepção de dor). No GC houve melhora significativa somente nos valores de PCR. Conclusão: Há evidências inicias de que exercício aquático pode ser realizado por pacientes com AR ativa, pois foi efetivo na diminuição da atividade da doença e na melhora da capacidade funcional, embora sem grandes alterações na qualidade de vida dos sujeitos. Porém, ressalta-se que a amostra do estudo foi pequena e são necessários estudos futuros com maior número de pacientes e maior tempo de intervenção.