Resumo

Exercícios intensos e/ou não habituais, realizados através de contrações excêntricas, ocorrem constantemente em nossas vidas, os quais podem resultar em dores musculares imediatas ou tardias, com um marcado e prolongado efeito sobre nossa capacidade funcional. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo analisar o efeito do exercício excêntrico (EE), associado com dano muscular, sobre as propriedades mecânicas do músculo e índices de aptidão aeróbia. Metodologicamente o experimento foi dividido em 1 e 2. No primeiro experimento, doze homens (21,7±2,3 anos) saudáveis, não treinados, foram avaliados, através de três contrações voluntárias máximas (CVM), no pico de torque (PT) isocinético do quadríceps, e correspondente, pico da taxa de desenvolvimento de torque (pico TDT), pico da taxa de desenvolvimento de velocidade (pico TDV) e impulso contrátil (IC) a 60º.s-1 antes e após 24h e 48h de um protocolo de exercícios excêntricos de dez séries de dez repetições máximas. No segundo experimento, vinte homens (24,4±3,5 anos) saudáveis e não treinados foram divididos em dois grupos, de acordo com a cadência realizada no ciclismo (50 rpm e 100 rpm), e avaliados para a cinética de consumo de oxigênio ( O2) e eficiência mecânica bruta (EB) e de trabalho (ET), através de três transições de ciclismo com duração cada uma de 6min a 90% do limiar de lactato precedidas de 4min a 0W, antes e após 24h e 48h do protocolo de EE. Nos dois experimentos os indicadores indiretos de dano muscular de dor muscular tardia (DMT), atividade da creatina quinase (CK) plasmática e pico de torque isocinético concêntrico (PT) foram significantemente alterados 24h e 48h após o protocolo de exercícios excêntricos, em relação aos valores de base.

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