Resumo

O objetivo do presente estudo foi analisar os possíveis efeitos da suplementação de creatina e dotreinamento com pesos sobre os componentes da composição corporal, o desempenho motor eindicadores de fadiga. Cinqüenta e seis indivíduos saudáveis, do sexo masculino, após serem acompanhados por 19 semanas, foram divididos em quatro grupos, dos quais dois foram submetidos à prática regular de treinamento com pesos por oito semanas (duas programações, quatro sessões semanais, nove exercícios/sessão, quatro séries de 6-12 RM), associada à suplementação de creatina(CRT, n = 14, idade = 22,4 :I:: 2,8 anos) ou placebo (PLT, n = 14, idade = 23,2:1:: 2,3 anos). O restante dos sujeitos compôs o grupo controle que se manteve sem qualquer envolvimento comprogramas regulares de exercícios físicos, contudo, consumindo creatina (CRC, n = 14, idade = 23,9 :I:: 2,5 anos) ou placebo (pLC, n = 14, idade = 24,1 :I:: 3,0 anos). A suplementação de creatina ou placebo (maltodextrina) foi consumida em quatro doses de 5 gldia durante os cinco primeiros dias (20 gldia). A partir daí, uma única dose de 3 gldia foi ingeri da nos 51 dias subseqüentes. A composiçãocorporal foi detenninada por absortometria radiológica de dupla energia (DEXA), com a água corporaltotal (ACT) sendo estimada por bioimpedância. O teste de uma repetição máxima (l-RM) foi aplicado como indicador de força muscular em três exercícios (supino em banco horizontal, agachamento e rosca direta de bíceps). A
  resistência muscular foi avaliada por meio do número máximo de repetições executadas até a exaustão voluntária durante quatro séries a 80% de l-RM, nos três exercícios. ANOVA e ANCOVA para medidas repetidas, seguidas pelo teste post hoc de Scheffé, quando P < 0,05, foram utilizadas para o tratamento dos dados. Aumentos significantes foram encontrados na massa livre de gordura (CRT = +2,9 kg; CRC = +2,3 kg e PLT = + 1,3 kg), na força muscular absoluta (CRT = +8%; CRC = +5,2% e PLT = +6,5%) e no volume total (carga X repetições) levantado (CRT = +22,7%). O incremento na água corporal total foi associado significativamente com o aumento da massa livre de gordura somente no grupo CRC (i = 0,78). Os resultados indicam que a suplementação de creatina, associada ao treinamento compesos, pode melhorar os ganhos de força, resistência e massa muscular. Além disso, a baixa correlação encontrada entre o aumento da massa livre de gordura e de ACT (i = 0,20) no grupo CRT fortalece os indícios de que a suplementação de creatina pode estimular o aumento da síntese de proteína miofibrilar em indivíduos fisicamente ativos

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