Resumo

O objetivo do presente estudo foi analisar os efeitos agudos e de curto prazo, de diferentes intensidades (40 e 80% VO2pico) de exercício físico sobre o balanço energético de curto prazo em indivíduos adultos jovens (gasto energético pós-exercício, fome, apetite, ingestão alimentar pós-exercício). Participaram do estudo 18 homens, eutróficos (22,20±1,72) e praticantes de
atividade física. Todos os sujeitos foram submetidos aleatoriamente a três condições experimentais: controle (sem exercício); EBI, exercício de baixa intensidade (40% do VO2pico) e EAI, exercício de alta intensidade (80% do VO2pico). O gasto energético pós-exercício e o comportamento do quociente respiratório (QR) foram mensurados em recuperação passiva por duas horas. A escala visual analógica foi utilizada para avaliar a sensação de fome e apetite:
basal, imediatamente após, aos 30, 60, 90 e 120 minutos de recuperação passiva. Para avaliação da ingestão alimentar, após 120 minutos de recuperação passiva, os voluntários tinham livre acesso a um buffet variado de alimentos. Os resultados mostram que o exercício de alta intensidade promoveu um maior gasto energético pós-exercício em relação ao EBI. O EAI induziu a uma redução no QR durante todo o tempo de recuperação passiva em relação às demais condições experimentais. A sensação de fome ao término do exercício foi maior no EBI. Ao longo do período de 120 minutos de recuperação passiva, o comportamento da sensação de fome aumentou independente da condição experimental. Foi observada uma diminuição aguda
no apetite imediatamente após a sessão de EAI em relação à sessão de EBI. A ingestão alimentar pós-exercício não apresentou nenhuma diferença significativa entre as condições experimentais. Sugere-se que o exercício físico é capaz de modular o balanço energético de curto prazo, afetando tanto o gasto energético quanto o comportamento alimentar (fome e apetite) em indivíduos adultos jovens. 

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