Resumo

Resumo: O objetivo do estudo foi verificar os efeitos agudos e crônicos do treinamento aeróbio de alta e baixa intensidade com e sem restrição de fluxo sanguíneo (RFS). Participaram do estudo agudo 15 corredores treinados, sendo 6 homens e 9 mulheres, (idade: 37 ± 5,4 anos, altura: 170 ± 7,7 cm, massa: 68 ± 10,8 kg, IMC: 23,4 ±2 e VO2pico: 48,2 ± 5,8 ml/kg/min) que realizaram um teste incremental máximo para determinação do consumo pico de oxigênio (VOpico) e das velocidades das sessões experimentais. Os indivíduos realizaram 4 sessões experimentais: 3 km de corrida em baixa intensidade com velocidade equivalente a 60% da vVO2pico (BI), 3 km de corrida em baixa intensidade com velocidade equivalente a 60% da vVO2pico com RFS (BI+RFS), 10 esforços em alta intensidade de 300 m com velocidade equivalente a 90% da vVO2pico (AI) e 10 esforços em alta intensidade de 300 m com velocidade equivalente a 90% da vVO2pico com RFS (AI+RFS). Houve um intervalo de pelo menos 48h entre as sessões experimentais. Durante as sessões experimentais, foi registrada a frequência cardíaca média e percepção subjetiva de esforço (PSE). Participaram do estudo crônico 31 corredores, sendo 18 homens e 13 mulheres, idade: 39 ± 5,2 anos, altura: 171 ± 6,8cm, massa: 71 ± 11,2 kg, IMC: 24,1 ± 2,7 e VO2pico: 50,5 ± 7,8 ml/kg/min divididos em 4 grupos: baixa intensidade (BI): 3 km a 60% vVO2pico. Baixa intensidade com RFS (BI+RFS): 3 km a 60% vVO2pico com RFS. Alta intensidade (AI):10 esforços de 300 m a 90% da vVO2pico com 90 segundos de intervalo entre os esforços. Alta intensidade + RFS (AI+RFS): 10 esforços de 300 m a 90% da vVO2pico com 90 segundos de intervalo entre os esforços com RFS. Todos os grupos realizaram 4 semanas de treinos com 2 treinos semanais. Antes e após o período de 4 semanas de treinamento, os indivíduos fizeram um teste incremental máximo, um teste de economia de corrida a 10km/h e uma avaliação de performance em 3 km. No estudo agudo, houve aumento da frequência cardíaca média nas situações com RFS (BI: 148,8 ± 11,7, BI+RFS: 158 a ± 12,1, AI: 150,6 ± 11,2 e AI+RFS: 155,7 ± 12,4 (a p<0,05 BI+RFS em relação a BI.)) e da PSE nas situações com RFS (BI: 3,8 ± 1,2, BI+RFS: 8,1a ± 1,1, AI: 7,8 ± 0,8 e AI+RFS: 8,2 ± 1,3 (a p<0,05 BI+RFS em relação a BI)). No estudo crônico, houve maior incremento de performance (teste de 3 km) em BI+RFS e AI+RFS, velocidade de pico em BI+RFS. Performance (BI - pré 799,3 ± 56s e pós 802,5 ± 58s, BI+RFS - pré 832,7 ± 111s e pós 806,5 a ± 114s, AI ¿ pré 797,2 ± 96s e pós 785,0 ± 99s, AI+RFS - pré 865,2 ± 68s e pós 845,4 ± 65s (a p<0,05 comparado com o respectivo valor pré)). Velocidade de pico (BI - pré 15,3 ± 1,8 km/h e pós 15,1 ± 1,5 km/h, BI+RFS - pré 15,0 ± 2,2 km/h e pós 15,8 a ± 2,1 km/h, AI - pré 16,1 ± 2,7 km/h pós 16,6 ± 3,1km/h, AI+RFS - pré 15,6 ± 1,8 km/h pós 16,1 ± 1,8 km/h ap<0,05 comparado com o respectivo valor pré)). A RFS utilizada em conjunto com exercícios aeróbios, parece ter potencial para melhorar performance em indivíduos treinados. Os resultados demonstram aplicações potenciais da RFS ao treinamento aeróbio

Citação: ARAGON RODRIGUES, Rafael Augusto. Efeitos agudos e crônicos de treinamento aeróbio com restrição de fluxo sanguíneo. 2019. 1 recurso online (45 p.). Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física, Campinas, SP.

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