Resumo

Para o treinamento ser bem sucedido deve ser suficientemente intenso para provocar a quebra da homeostase, a adaptação e, por fim, a supercompensação. Todavia, condições de estresse excessivo induzido pelo exercício físico podem provocar efeitos indesejáveis. Este trabalho tem como objetivo avaliar se o aumento na sobrecarga de treinamento altera parâmetros hormonais e bioquímicos similares ao overreaching. Os animais foram divididos em três grupos: SED (animais sedentários), MOD (animais que treinaram de forma moderada durante seis semanas) e grupo EXT (que treinaram de forma semelhante ao grupo MOD por quatro semanas, duas sessões diárias de treinamento na quinta semana e três sessões na sexta semana). Houve aumento da concentração plasmática de glutamato no grupo EXT (p < 0,05) em relação ao SED e da relação GLN/GLU em relação aos animais dos grupos SED e MOD (p < 0,05). Além disso, o grupo MOD apresentou aumento de glicogênio no músculo sóleo e fígado e de GH, enquanto a testosterona foi menor do que no grupo SED (p < 0,05). O grupo EXT apresentou comportamento semelhante ao grupo MOD com relação ao glicogênio hepático e muscular e a testosterona. Quanto ao GH, o grupo EXT apresentou concentração menor do que o grupo MOD (p < 0,05) e aumento de uréia (p < 0,05) em relação aos animais sedentários. Assim, concluímos que o protocolo do grupo EXT não foi capaz de induzir sinais de overreaching nos animais.

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