Resumo

A proliferação de células inflamatórias após a lesão musculoesquelética interfere na extensão da lesão em decorrência da liberação de espécies reativas de oxigênio (EROs) e ativação de fosfolipases e proteases. A crioterapia é uma das mais recomendadas estratégias terapêuticas para o tratamento das lesões musculoesqueléticas. Apesar disso, há uma escassez de estudos que investigam o efeito da crioterapia no processo de regeneração e os resultados são inconsistentes e não confirmam a sua recomendação clínica. O objetivo do estudo foi analisar o efeito do crioterapia aplicada de modo intermitente, nas primeiras 72 horas após criolesão de músculo tibial anterior (TA) em ratos, sobre o infiltrado inflamatório e o dano oxidativo. Para isso, foram realizadas a análise histológica da densidade do infiltrado inflamatório; a determinação dos marcadores de estresse oxidativo, pelos níveis de diclorofluoresceína oxidada por espécies reativas (DCF-RS), de espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e de metil-tiazol-tetrazólio (MTT) reduzido; e a determinação do sistema antioxidante, pela atividade enzimática de superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT) e níveis de grupos tióis (–SH) não-proteico, aos 3, 7 e 14 dias após a lesão. A crioterapia reduziu o infiltrado inflamatório quando comparada à lesão não tratada e manteve os níveis do DCF-RS, TBARS e MTT reduzido próximos dos níveis do grupo controle. Assim como, a crioterapia manteve os níveis de SOD, CAT e –SH não-proteico em níveis similares ao do grupo controle. Concluimos que aplicações intermitentes de crioterapia, nas primeiras 72 horas após criolesão de músculo TA em ratos, reduziram o infiltrado inflamatório e o dano oxidativo. 

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