Resumo

No basquetebol não é permitido que o jogadores se aqueçam ou façam qualquer aitividade de manutenção do aquecimento a partir do momento que a partida é iniciada. Não é claro, portanto, se esse período de inatividade pode causar impacto sobre o desempenho de jogadores que venham a entrar em quadra somente no segundo quarto de jogo. A partir desse cenário pode-se levantar dois releventes questionamentos: quanto tempo um jogador substituto permance sentado no banco de reservas sem atividade, caso ele entre no jogo apenas no segundo quarto da partida? Em que medida esse período de inatividade poderia ser prejudicial a eficácia das ações tecnico-táticas durante a partida? A partir disso, essa disertação elaborada a partir de dois estudos, tem por finalidade é investigar os efeitos da duração do intervalo de tempo pós-aquecimento sobre a eficácia da performance técnico-tática em atletas de basquetebol. No estudo 1, foram analisados 126 jogos de quatro competições: Novo Basquete Brasil (NBB 2011/2012), American Cup 2017, Eurobasket 2017 e Afrobasket 2017. Foram calculados os percentis de cada variável, além da comparação entre competições e entre fases da competição (fase classificatória e playoffs). Os resultados, expressos como média±desvio-padrão (mediana), da duração do primeiro quarto, do intervalo entre o fim do aquecimento e o início da partida, e o intervalo entre o fim do aquecimento e o fim do primeiro quarto (min:s) foram de 17:47±02:08 (14:44), 02:05±00:36 (02:08) e 20:16±02:08 (20:23), respectivamente. No estudo 2, a amostra foi composta por 10 atletas em grupo único. Em três dias (definidos por ordem aleatória) separados por uma semana, os atletas compareceram ao ginásio para a realização de um jogo simulado (5 x 5) com 10 min de duração, em três condições: jogo sem aquecimento (JSA), jogo imediatamente após o aquecimento (JIME), e jogo 20 min após o aquecimento (JP20). Em cada jogo foi avaliada a eficácia da performance técnico-tático dos atletas através do Instrumento de Avaliação do Desempenho Técnico-Tático Individual no Basquetebol. Resultados não encontraram diferença estatística na Eficácia Geral entre JIME (157 ± 39), JP20 (137 ± 26) e JSA (140 ± 31) (p = 0,353). No entanto, a análise da inferência baseada na magnitude sugere que o intervalo é provavelmente prejudicial à eficácia. Conclui-se que o tempo de espera do jogador substituto que entra na partida apenas no segundo quarto ultrapassa 20 min, e que esse tempo de inatividade é possivelmente suficiente para causar prejuízos à performance.

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