Resumo

Esta pesquisa teve como objetivos: 1) revisar sistematicamente, através de ensaios clínicos, produções científicas sobre a Equoterapia na reabilitação de indivíduos com paralisia cerebral; 2) verificar de que forma a frequência semanal de um programa de Equoterapia de uma ou duas vezes por semana, influencia na função motora grossa e no desempenho funcional em crianças com paralisia cerebral. Foram selecionadas crianças com paralisia cerebral que respeitaram os critérios de inclusão e exclusão. A prática equoterápica foi realizada uma ou duas vezes por semana, com duração de 30 minutos, compreendendo um período de 16 semanas. A função motora grossa, medida através do GMFM (gross motor function measure) foi o instrumento de avaliação mais utilizado pelos estudos incluídos na revisão. Foram identificados efeitos positivos agudos após uma sessão de Equoterapia de 8 a 30 minutos e efeitos crônicos após 5 a 12 semanas, com frequência de 1 à 3 vezes semanais e com o tempo de 30 a 60 minutos sobre o cavalo. Um dos principais afetamentos crônicos que ocorrem na infância é a Encefalopatia Crônica Não Progressiva, ou Paralisia Cerebral. A paralisia Cerebral tem sido uma preocupação de diversos segmentos de atenção à saúde que buscam estudar e propor ações terapêuticas de modo a prevenir, minimizar sequelas e potencializar as capacidades neuropsicomotoras inerentes a estas lesões cerebrais. A Equoterapia é considerada uma modalidade terapêutica que propicia inúmeros benefícios no processo de reabilitação e tem sido frequentemente recomendada por médicos para crianças com PC. Ficou evidenciado que a Equoterapia, realizada uma ou duas vezes por semana, promove benefícios significativos na função motora grossa e desempenho funcional em crianças com Paralisia Cerebral. Sendo assim, sugere-se que protocolos de intervenção equoterápica sejam realizados inicialmente uma vez por semana, refletindo diretamente na possibilidade de mais crianças serem beneficiadas dessa prática, pois o alto custo com equipe e estrutura em centros de Equoterapia é o principal impedimento para garantir o acesso ao tratamento a esses praticantes.

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