Resumo

Os efeitos deletérios do envelhecimento limitam a capacidade do idoso de realizar atividades básicas. Nesse sentido, é relevante saber se a hidroginástica, modalidade fortemente recomendada ao público idoso, promove independência funcional a essa população. O objetivo dessa revisão sistemática e metanálise foi avaliar os efeitos da prática de hidroginástica sobre a capacidade funcional de idosos. A busca foi realizada na PUBMED, Scielo, Cochrane, PEDro e de forma manual em agosto de 2015. Dois revisores independentes selecionaram os estudos com base em critérios previamente definidos (ensaios clínicos randomizados que avaliaram o efeito da prática de hidroginástica sobre o desempenho em testes funcionais em idosos acima de 60 anos saudáveis). A metanálise foi realizada usando modelo de efeitos aleatórios e a heterogeneidade estatística foi avaliada pelo teste Q de Cochran e inconsistência (I2). De um total de 7056 artigos, oito estudos clínicos randomizados foram incluídos com 301 sujeitos. A hidroginástica promove um aumento significativo na força muscular resistente de membros superiores (7,63 [intervalo de confiança de 95%, 4,19 a 11,08]) e inferiores (6,65 [intervalo de confiança de 95%, 3,23 a 10,07]), na flexibilidade de membros superiores (3,75 [intervalo de confiança de 95%, 0,39 a 7,11]) e inferiores (6,10 [intervalo de confiança de 95%, 0,32 a 11,89]) e no equilíbrio dinâmico (0,95 [intervalo de confiança de 95%, 1,45 a 0,44]) de idosos. Conclui-se que a hidroginástica pode ser indicada como uma forma de melhorar a capacidade funcional e independência de idosos.

Acessar Arquivo