Resumo

Dentre as principais técnicas de resfriamento corporal que podem afetar o desempenho físico, a ingestão de água fria tem sido proposta como meio mais prático para atenuar o aumento da temperatura interna durante exercícios prolongados no calor. Sendo assim, o objetivo dopresente estudo foi verificar os efeitos da temperatura e do volume de água ingerido no desempenho durante 40 km de ciclismo com intensidade auto-regulada no calor (35ºC e 60% URA). Dez atletas do sexo masculino participaram do estudo (25,5 ± 1 anos; 69,9 ± 2,7 kg;1,73 ± 0,02 m; 7,3 ± 0,6 % de gordura; potência pico 341 ± 12,9 W; FCmáx 187 ± 3 bpm; VO2máx. 67,20 ± 1,82 mL.kg-1.min-1). Os voluntários foram submetidos a quatro situações experimentais: ad libitum 10ºC (AL10), ad libitum 37ºC (AL37), programada 10ºC (PRO10) eprogramada 37ºC (PRO37). As temperaturas da água que caracterizaram o tratamento foram 10ºC e 37ºC. Em AL10 e AL37 a ingestão ocorreu de forma ad libitum, sendo registrado o volume (? mL) e o momento (? km) no qual cada alíquota foi consumida. Nas duas últimas situações (PRO10 e PRO37) os voluntários reproduziram o mesmo padrão de ingestão das situações AL10 e AL37, porém de maneira invertida, criando-se assim um controle para o volume de água ingerido ad libitum. Não foram observadas diferenças no tempo total deexercício de 40 km e nos tempos parciais (TP) a cada 8 km entre as situações experimentais. Porém, considerando-se a média global das quatro situações, o TP24-32km foi maior que o TP0- 8km. A potência, cadência e velocidade média não foram influenciadas pela temperatura da água ingerida.

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