Resumo

O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos de instruções de concepções de capacidade na aprendizagem motora em uma condição autocontrolada de feedback. Quarenta e cinco participantes foram distribuídos em três grupos experimentais de acordo com as instruções de concepções de capacidade: Concepções maleáveis com autocontrole de feedback (CMA), Concepções fixas com autocontrole de feedback (CFA) e Autocontrole de feedback (CA). A tarefa foi realizar o putt do golfe com o objetivo de acertar o centro do alvo, sendo utilizado um tapume de forma a inibir a visualização do alvo. Todos participantes realizaram um Pré-teste de 10 tentativas e, posteriormente, 60 tentativas na Fase de aquisição, podendo solicitar feedback na forma de conhecimento de resultados (CR) após cada tentativa. Os participantes do CMA e CFA receberam instruções de concepções maleáveis e fixas antes da 1ª tentativa e após a 20ª e 40ª tentativas, respectivamente. Após 24h, foram realizados os testes de retenção e transferência que consistiram em 10 tentativas cada, sem fornecimento de CR e instruções de concepções de capacidade. Questionários de autoeficácia, motivação intrínseca e preferência por CR foram aplicados em diferentes momentos do estudo. Os resultados não revelaram diferença entre os grupos em nenhuma fase do estudo. Em relação a solicitação de CR, os participantes de todos os grupos comportaram-se de forma semelhante, diminuindo a solicitação de CR com o avanço da prática, bem como, em sua maioria, apontaram preferência pela solicitação de CR após suas melhores tentativas. As medidas de autoeficácia e motivação intrínseca também não apresentaram diferenças entre os grupos nas diferentes fases do estudo. Os resultados permitem concluir que as concepções de capacidade não afetam a aprendizagem motora em condições autocontroladas de feedback.

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