Resumo

Introdução: O desgaste energético e a desidratação são comuns em modalidades de ciclismo. Entretanto, há lacunas nas recomendações nutricionais existentes para provas de maior intensidade e menor duração. Objetivo: Determinar o efeito de diferentes estratégias de ingestão de líquidos e enxague bucal com carboidratos sobre a desidratação e o desempenho físico em ciclistas durante uma prova contrarrelógio. Metodologia: Onze ciclistas do sexo masculino, aclimatados ao calor, completaram uma prova de 30km em cicloergômetro em estado alimentado, eu-hidratados e com carga autorregulada, sob a influência aleatória das seguintes intervenções: EBC = Enxague bucal com carboidrato, sem ingestão hídrica; IHPP = Ingestão hídrica e de eletrólitos de acordo com a perda de peso; IHAD = Ingestão hídrica “Ad Libitum”. Variáveis de tempo, frequência cardíaca (FC), potência (W), percepção de esforço (PSE), afeto; e alterações na perda de peso (PP), cor, densidade (DU) e pH da urina, foram avaliadas durante o teste. Para análise estatística utilizou-se a análise de variância para medidas repetidas (ANOVA­ MR) e a Equação de Estimativa Generalizada (GEE) com ajuste de Bonferroni (p<0,05). Resultados: o desempenho dos atletas quanto ao tempo de prova não diferiu entre os as intervenções, com média de 54,5±2,9, 53,6±3,9 e 54,5±2,5 min em EBC, IHPP E IHAD, respectivamente (p=0,13). Em todas as intervenções, os participantes apresentaram perda de peso (PP) durante a prova, diferindo no total de percentual perdido entre os tratamentos (1,7±0,4%, 0,6±0,6%, 1,4±0,6%, respectivamente), sem atingir a desidratação. Conclusão: O diferente consumo de líquidos não influenciou o desempenho (tempo de prova) de ciclistas durante uma disputa em contrarrelógio de 30 km. 

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