Resumo

A redução da força e da massa muscular associada ao envelhecimento são considerados fatores preditores para o desenvolvimento de incapacidades físicas e funcionais. Dentre as estratégias consideradas positivas para o incremento da força e da massa muscular encontra-se o treinamento resistido (TR). Uma possibilidade simples, prática e de baixo custo para praticar o TR é a utilização de dispositivos elásticos. OBJETIVO: Verificar e comparar os efeitos do treinamento resistido com máquinas pneuméticas e resistência elástica progressiva na força, massa muscular e desempenho funcional em mulheres idosas . MÉTODOS: Um total de 44 mulheres idosas completou este ensaio clínico, divididas em dois grupos de intervenção: Grupo Elástico (GE; n=18; idade=67,55±5,2 anos) e Grupo Máquina (GM; n=26; idade=69,34±5,37 anos). O GE e GM praticaram as intervenções em sessões de 60 minutos, duas vezes por semana durante 12 semanas com nove exercícios equiparados para ambos os grupos. A força muscular foi avaliada através do pico de torque isocinético (PT) de extensão do joelho (PTEJ) e flexão de cotovelo (PTFC) dominante nas velocidades 60 e 180°/s. A massa muscular foi avaliada pelo DXA com medida de massa livre de gordura membros superiores(MLGS), massa livre de gordura membros inferiores(MLGI) e massa livre de gordura total (MLGT). O desempenho funcional foi avaliado através dos testes de Levantar da cadeira (TSL) e Flexão do Cotovelo (FC). Todas as avaliações foram realizadas antes e após o período de intervenção. Utilizou-se estatística descritiva e verificou-se a normalidade dos dados através do teste de Shapiro-Wilk. Para comparar as variáveis dependentes entre os grupos e entre os momentos pré e pós-intervenção a análise de variância mista (ANOVA) e o teste t pareado. Os cálculos foram realizados no programa SPSS, para um índice de significância de p≤0,05. No início do estudo os grupos eram equivalentes em termos de idade, medidas antropométricas e variáveis dependentes (p˃0,05). RESULTADOS: O GE obteve melhora no PTEJ60º(9,6%), PTEJ180º(11,4%), PTFC60º(11,3%), PTFC180º(9,2%), MLGS(0,5%), MLGI(3,3%), MLGT (1,5%),TSL(41,4%) e FC(56,3%). O GM obteve melhora no PTEJ60º(14,4%), PTEJ180º(14,1%), PTFC60º(18,9%), PTFC180º(19,6%), MLGS(2,9%), MLGI(2,6%), MLGT (1,3%),TSL(38,4%) e FC(51,6%). Não foram observadas diferenças “entre” os grupos nos deltas (PÓS-PRÉ) em todas as variáveis dependentes. CONCLUSÃO: Conclui-se que ambos os tipos de TR foram capazes de melhorar a força a massa muscular e o desempenho funcional de mulheres idosas.

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