Resumo

Indivíduos com deficiência intelectual (DI) possuem maior tendência a ter problemas de saúde quando comparados a indivíduos sem deficiência. A ausência da prática de atividade física na rotina desses indivíduos pode acelerar o aparecimento desses problemas e comprometer a sua qualidade de vida. Estudos revelam que indivíduos com DI possuem menos oportunidades de prática de atividade física tanto na escola quanto na comunidade. Os estudos que avaliaram parâmetros de saúde nessa população revelaram que para que esses indivíduos tenham a oportunidade de envelhecer de uma forma mais saudável, é necessário que programas de atividade física e saúde incluam desde os primeiros anos de vida atividades e exercícios com significativas demandas de esforço, além de estratégias de aconselhamento que eliminem hábitos ruins de alimentação (Mauerberg-deCastro, 2011). O Programa de Educação Física Adaptada (PROEFA) foi implantado no Departamento de Educação Física da UNESP de Rio Claro em 1989 e sua principal meta é oferecer aos profissionais da área de saúde, particularmente professores de educação física, um ambiente de capacitação em métodos de ensino e reabilitação de indivíduos com deficiência intelectual. No PROEFA, dois ingredientes são fundamentais a uma prática efetiva ao desenvolvimento e à saúde: "máxima participação", ou seja, ninguém fica de fora em momento algum da aula; e "atividades não sedentárias," ou seja, os alunos devem ter a oportunidade de se exercitar sob a demanda de esforços na intensidade entre 50% e 70% da frequência cardíaca máxima. Combinados os dois princípios, esperamos que ocorram mudanças significativas nas capacidades físicas de nossos alunos (Mauerberg-deCastro et al., 2013). Baseado nessas informações, o objetivo deste estudo foi avaliar os níveis de aptidão física cardiorrespiratória dos participantes de um programa de extensão universitária de atividade física adaptada (PROEFA) através de uma avaliação longitudinal. Ainda, esse estudo avaliou se três aulas semanais de educação física (duas no PROEFA e uma na instituição) são suficientes para modificar os parâmetros de aptidão física.

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