Resumo

A capacidade física da força está associada ao desempenho positivo nas atividades de vida diária e dependência de um indivíduo com Dificuldade Intelectual e Desenvolvimental (DID). Este estudo experimental investiga os efeitos de dois programas de exercício físico na força dos membros inferiores de adultos com DID. Participaram vinte e um adultos com DID (média de idades=43.04 anos; desvio padrão=11.18 anos), que foram divididos, por conveniência em 3 grupos: 1) treino indoor (N=7; intervenção de 24 semanas em ginásio com aparelhos de musculação); 2) treino outdoor (N=7; intervenção de 24 semanas no exterior com materiais de baixo custo); 3) grupo de controlo (N=7). Para medir a força muscular foi utilizado um dinamómetro isocinético, que avaliou em ação dinâmica concêntrica máxima os músculos extensores e flexores do joelho a uma velocidade angular de 60º/s. O teste de Shapiro-Wilk (n<50) e Levene foram utilizados para verificar a normalidade dos dados e a homocedasticidade. O teste Kruskal-Wallis foi utilizado para verificar se existiam diferenças entre os grupos. Para comparação e identificação de possíveis diferenças dentro de cada grupo, foi utilizado o teste de Friedman. O nível de significância adotado foi de 5%. Apenas se verificaram diferenças significativas entre grupos no teste de flexão do joelho esquerdo, no momento intermédio e final. Tendo em conta o momento intermédio, existe diferenças entre o grupo de treino indoor e o grupo de controlo (após correção de bonferroni: t=2,585; p=0,029). Relativamente ao momento final, a diferença verifica-se igualmente entre o grupo de treino indoor e o grupo de controlo (após correção de bonferroni: t=3,145; p=0,005). Apesar de não serem significativos, os valores do pico de torque do teste extensão dos músculos extensores das pernas do joelho também aumentou. Ambos os grupos de intervenção parecem ser eficazes para o aumento da força muscular das pernas dos membros inferiores de indivíduos com DID.

Acessar