Resumo

Os benefícios da prática regular de exercícios físicos estão bem fundamentados na literatura, entretanto, a busca de estratégias para que indivíduos obesos adotem um estilo de vida ativo é um constante desafio para os profissionais da área da saúde. O objetivo desde estudo foi avaliar o efeito de um programa de exercícios físicos individualizado e supervisionado na aptidão física de mulheres obesas. Foram avaliadas 24 mulheres obesas com Índice de Massa Corporal (IMC) >30 e < 55 kg/m2 e com idade entre 20 e 59 anos. A avaliação foi constituída por medidas antropométricas como estatura, massa corporal (MC), circunferências da cintura (CC), do quadril (CQ) e do pescoço (CP), aptidão cardiorrespiratória de forma indireta, por meio do teste do degrau 6 minutos (TD6), capacidade funcional por meio da distância percorrida no teste da caminhada de 6 minutos (TC6), força indireta dos membros inferiores por meio dos testes de sentar e levantar e flexibilidade do tronco e dos músculos isquiotibiais, pelo teste de sentar e alcançar. Após as devidas avaliações as voluntárias compuseram dois grupos. O grupo treinamento individualizado (GTI) foi formado por 13 voluntárias, que realizaram um programa de treinamento combinado com exercícios aeróbios e exercícios de força muscular de membros superiores, inferiores e tronco. O programa teve duração de três meses, realizado três vezes por semana com duração de aproximadamente uma hora cada sessão. Foram feitas progressões no programa em relação ao número de séries e de repetições durante o período de treinamento. O grupo controle (GC) foi formado por 11 voluntárias que não participaram de nenhum programa regular de exercícios físicos. Ao final do terceiro mês os dois grupos foram reavaliados. Os resultados evidenciaram que as voluntárias do GTI obtiveram após o treinamento, redução significativa na CC (p=0,0001), da CQ (p=0,0001), da RCQ (p=0,01), da CP (p=0,01), melhora no VO2 máx (p=0,0001), aumento do número de subidas no TD6 (p=0,0001), da distância percorrida (p=0,03), do número de movimentos de sentar e levantar (p=0,0001), e da flexibilidade (p=0,0001). Quando comparados os dois grupos por meio das diferenças, o GTI apresentou valores menores da CQ (p=0,01), e aumento no VO2 máx (p=0,0001), do número de subidas no TD6 (p=0,001), do número de movimentos de sentar e levantar (p=0,0001) e da 10 flexibilidade do tronco e de músculos isquiotibiais (p=0,0001). Desta maneira conclui-se que o programa de treinamento físico individualizado e supervisionado, teve aspectos positivos, melhorando as variáveis da aptidão física de mulheres obesas como a distribuição da gordura corporal, a aptidão cardiorrespiratória, a força de membros inferiores e a flexibilidade do tronco e dos músculos isquiotibiais.

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