Resumo

A desnutrição ainda representa um grave problema para muitos países em desenvolvimento, a exemplo do Brasil. Neste estudo procuramos evidenciar os efeitos da aplicação de uma dieta normoprotéica e/ou da atividade física na recuperação de padrões fisiológicos normalmente alterados em animais submetidos a um quadro de desnutrição. Com este propósito, foram avaliados ratos jovens separadas em três grupos, conforme a dieta recebida: recuperados[hipoprotéica (6% proteína) da vida intra-uterina à lactação, e normoprotéica (17% proteína) do desmame aos 70 dias de idade], desnutridos [hipoprotéica na vida intra-uterina e pós-natal, até os 70 dias de idade], e controles [normoprotéica na vida intra-uterina e pós-natal, até os 70 dias de idade). A partir dos 30 dias de idade, em cada grupo, parte dos animais foi submetida à natação (60 min/dia, 5 dias/semana, por 40 dias). Os resultados, mostrando maiores teores de glicogênio hepático e menores teores de AGL séricos e ingestão alimentar para os animais exercitados do que para os sedentários, indicam a eficácia do protocolo de treinamento. Os valores mais baixos de glicose, proteínas totais e insulina circulantes e de peso corporal dos animais mantidos com a dieta hipoprotéica durante todo o experimento em relação àqueles mantidos com a dieta normoprotéica mostram a eficácia da dieta deficiente em proteína em produzir sinais de desnutrição. A recuperação nutricional promovida pela administração da dieta normoprotéica aos animais inicialmente submetidos a dieta hipoprotéica foi incompleta, visto que foi ineficaz em restaurar os níveis de insulina circulante e o peso corporal aos valores controles. A desnutrição precoce e a posterior recuperação nutricional não inferiram nas respostas bioquímicas ao treinamento físico avaliadas.

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