Resumo

O presente estudo objetiva investigar os efeitos agudos e de curto prazo (2 horas) de diferentes intensidades de exercício aeróbio sobre o gasto energético pós-exercício, a razão de troca respiratória (QR) e a sensação de fome em homens. Participaram do estudo, 20 sujeitos eutróficos (22,41±1,76 kg/m²) e praticantes de exercício físico. Todos os sujeitos foram submetidos, aleatoriamente, a quatro condições experimentais: controle (sem exercício); EBI, exercício de baixa intensidade (40% do VO2pico); EMI, exercício de moderada intensidade (60% do VO2pico) e EAI, exercício de alta intensidade (80% do VO2pico). A magnitude do (EPOC - consumo excessivo de oxigênio após o exercício) e o comportamento do QR foram mensurados através de análise direta de gases. A escala visual analógica foi utilizada para avaliar a sensação de fome em (basal, imediatamente após a sessão experimental, aos 30, 60, 90 e 120 minutos de recuperação passiva). Os resultados demonstraram que o EPOC teve uma correlação positiva com a intensidade do exercício (r=0,74, p<0,01), sendo a duração e a magnitude dependentes da intensidade do exercício. Entre todas as condições experimentais, a sensação de fome ao término do exercício foi maior no EBI (p <0,01). Ao longo do período de 120 minutos de recuperação passiva, a sensação de fome aumentou independente da condição experimental. A partir dos resultados, podemos sugerir que após o EAI a magnitude do EPOC é maior, promovendo maior gasto energético no pós-exercício, com um concomitante aumento na utilização de gordura (menor QR) e supressão transitória da sensação de fome em adultos jovens.

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