Resumo

O treinamento de força (TF) contribui na prevenção e tratamento de doenças e manutenção da saúde, sendo uma estratégia na melhoria da qualidade de vida pelo aumento da força, hipertrofia muscular e capacidade funcional. Sistemas de treinamento, estão associados a manipulação das do volume e intensidade gerando estímulos diferentes, como o Rest-Pause (RP) e o Sarcoplama Stimulating Training (SST). São sistemas que promovem maior estresse mecânico e fisiológico, aumento da força e hipertrofia muscular, pela maior produção de testosterona e síntese proteica miofibrilar. Porém, são inconclusivos os efeitos metabólicos e psicoafetivos em sistemas avançado em praticantes experientes. Objetivo: Analisar os efeitos agudos dos sistemas PR SST e Tradicional, nas respostas metabólicas e psicoafetivas em adultos do sexo masculino. Métodos: A pesquisa de cunho experimental, do tipo crossover avaliou 15 sujeitos (30,38 ± 2,06 anos; 88,40 ± 6,50 kg; 1,74 ± 0,07 m) experientes em TF, avaliados pelo sistema Tradicional (TFT), RP e SST no supino reto e o leg press 45. Foi determinada a composição corporal, força muscular pelo teste de 1-RM), concentração de lactato e medidas psicoafetivas (Percepção Subjetiva de Esforço-PSE; Escala Visual Analógica-EVA; Escala de Afetividade-FS). A análise estatística foi realizada pelo pacote estatístico Minitab, com de p<0,05. Resultados: O SST apresentou 38,10% menor concentração de lactato após sessão de treino em relação ao TFT e o RP apresentou 37,20% menor concentração de lactato que TFT pós sessão. A PSE média nos RP e SST foram maiores (8,50 ± 1,10 e 8,60 ± 0,90 respectivamente) em relação ao TFT (6,00 ± 1,10). EVA apresentou valores médios em RP e SST (8,00 ± 2,00 e 8,00 ± 1,00 respectivamente), maiores a TFT (5,00 ± 1,00), tendo a sensação de afetividade valores positivos no TFT e valores entre 0 e -5 no RP (40%) e 60% (0 e -5 no SST após as sessões de treino sugerindo que o RP e o SST promoveram menor afetividade que TFT pelos condicionantes do volume de treinamento frente a alta intensidade. Conclusão: Os resultados permitem concluir que a manipulação do volume e intensidade do treinamento, frente a prescrição de sistemas avançados resultaram em respostas diferentes nas valências fisiológicas (concentração de lactato) e psicoafetivas (percepção de esforço, dor e desconforto e afetividade), demonstrando que o aumento da intensidade e do volume de treino, elevaram a PSE e de dor (EVA). Os dados sugerem que a prescrição inadequada desses sistemas poderiam promover maior desprazer, levando-nos a hipotetizar que haveria maior possibilidade de desistência dos programas de treinamento de força, sugerindo que maiores volumes de repetições (RP e SST) seja direcionados a sujeitos com maior nível de treinamento.