Resumo

Segundo a Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, bebidas energéticas são identificadas como compostos líquidos prontos para o consumo, sendo estas constituídas de carboidratos, taurina, cafeína, glucoronolactona, inositol e vitaminas do complexo B. Existem poucas pesquisas sobre o uso de taurina contida em bebidas energéticas relacionado com a melhora de desempenho. Este trabalho teve como objetivo analisar as respostas metabólicas e hemodinâmicas decorrentes da administração da associação de taurina e cafeína durante teste ergoespirométrico em indivíduos fisicamente ativos. Para esse fim, 20 indivíduos do sexo masculino, 26 ± 4,32 anos e índice de massa corporal 23,79 ± 2,95, praticantes de atividades aeróbicas, foram submetidos a duas sessões de testes em cicloergômetro ligado a analisador metabólico de gases. O esquema das sessões foi duplo- cego e 60 minutos antes do início dos testes foi oferecida bebida experimental ou bebida placebo. Durante os testes, foram mensuradas: frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), lactato sanguíneo (Lac), percepção subjetiva de esforço por escala de Borg (PSE), consumo máximo de oxigênio (VO2máx), consumo de oxigênio no ponto de compensação respiratório (RCP), tempo de exercício (TE) e carga de trabalho (CAR). Para a análise dos dados, foi realizado um teste t pareado (p ≤ 0,05). Na carga de trabalho, os resultados indicaram que houve aumento de 10 watts com a administração da bebida experimental, contudo, sem significância estatística (BE: 342 ± 40,60; P: 332,50 ± 56,83). Os principais resultados deste estudo indicam que a administração de taurina contida em bebida energética não influenciou os resultados das variáveis investigadas. Assim, podemos concluir que a dose de 2g utilizada não foi capaz de aumentar o desempenho.

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