Resumo

A sociedade contemporânea, incluindo a brasileira, tem mostrado um crescente aumento da população idosa. O processo de envelhecimento é acompanhado por várias modificações morfofuncionais, sendo o declínioo da memória uma importante alteração associada ao mesmo. Por outro lado, tem sido sugerido uma relação positiva entre a capacidade aeróbica e a função cognitiva. Entretanto, existem muitas controvérsias em relação à associação entre exercício físico e cognição em função de falhas metodológicas em diversos estudos (ACSM, 1998). A hidroginástica é uma modalidade em crescente evolução, sendo considerada uma das atividades aeróbias mais indicadas para as pessoas que atingem a terceira idade. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi verificar os efeitos de um programa de hidroginástica tradicional na memória de mulheres com idade entre 60 a 70 anos, durante 12 semanas. A amostra foi composta por 20 mulheres as quais foram randomizadas em 2 grupos: GE (n=10) e GC (n=10) com 65,6 + 3,41 e 63,5 + 3,24 anos, respectivamente. Para a avaliação da amostra foram utilizados os testes M1-objetos, M2-fluência verbal categoria animais, M3-imediata, M3-recente, M4-fluência verbal categoria frutas (GERMANO NETO, 1997). Os testes foram aplicados antes e após o treinamento. Os sujeitos do gurpo GE foram submetidos ao program de hidroginástica tradicional, 3 vezes por semana. Para a análise inferencial dos dados foi utilizado o teste SPLIT PLOT ANOVA, sendo adotado com nível de suginificância um P< 0.05. Os resultados não demostraram diferença estatisticamente sugnificativa na maioria dos testes aplicados entre os grupos GE e GC. Somente os testes de fluência verbal "M2"e "M4" apresentaram diferença significativa, sendo observado redução na memória do grupo controle em relação ao grupo experimental com relação ao teste "M2" e aumento significativo na memória do grupo experimental em relação ao grupo controle no teste "M4". Conclui-se que o programa de hidroginástica tradicional, aplicado no presente estudo, durante 12 semanas, não foi efetivo para propiciar melhora significativa no desempenho de memória em mulheres idosas a partir da maioria dos testes aplicados, sendo sugerido novos estudos para que as relações entre exercício físico e cognição possam ser claramente explicitadas.

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