Resumo

O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência da ingestão de maltodextrina 6% sobre as concentrações plasmáticas de lactato, glicemia, frequência cardíaca, percepção subjetiva do esforço e sensações afetivas durante teste de esforço crescente em jogadores de futebol. Participaram do estudo 8 atletas juvenis do gênero masculino com idade média de 16,8 ± 0,5 anos. Esses atletas foram submetidos a um teste de esforço progressivo em esteira ergométrica elétrica, sob condição controle e com ingestão de maltodextrina 6%, realizados em dias distintos. O teste teve início com velocidade de 5 km/h, mantidos por 5 minutos para um breve aquecimento. Na sequência, foi imposta a segunda carga, de 7 km/h, por 5 minutos, com aumentos progressivos a cada 5 minutos de 1 km/h até a exaustão e/ou interrupção voluntária do atleta. Ao final de cada carga a velocidade era diminuída para coleta de sangue e posterior análise do lactato e glicemia. Neste momento eram mensurados também, a frequência cardíaca, o esforço percebido e a sensação afetiva. Os testes foram realizados em duas semanas, na primeira o experimento controle (dois dias consecutivos) e na segunda com a suplementação. Os dados foram analisados utilizando o Teste t de Student, após o programa estatístico indicar as normalidades desses dados. Os resultados apontaram que a ingestão de maltodextrina 6% não alterou as concentrações de lactato, esforço percebido e frequência cardíaca. Porém, diferenças significativas (p= 0,0331) foram encontradas a 11 km/h para sensações afetivas, demonstrando que a sensação de desconforto foi menor no teste com a ingestão de maltodextrina 6%. A glicemia, que apresentou elevação significativa nos primeiros minutos do exercício, seguida por um decréscimo também significativo na condição suplementada, podendo este ter sido fator limitante das outras variáveis.

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