Resumo

Os benefícios do treinamento dinâmico para a densidade mineral óssea são amplamente estudados. Por outro lado, pouco se sabe a respeito do estímulo estático na fisiologia óssea. Em vista disso, sendo a prática das posturas da ioga uma possível provedora deste estimulo, o objetivo deste estudo foi verificar os efeitos da ioga na densidade mineral óssea (DMO), marcadores bioquímicos ósseos (MBOs) de formação óssea (osteocalcina) e (CTx), assim como, no hormônio estradiol em pós-menopausadas. Cinqüenta mulheres voluntárias (63,88 ± 5,66 anos) foram selecionadas de forma randômica e divididas em grupo ioga (GI, n = 25) e grupo controle (GC, n = 25). As análises da DMO, dos MBOs e do hormônio estradiol foram realizadas no pré e pós-teste. Todavia, a DMO do colo do fêmur, do triângulo de Ward’s, do trocânter, do quadril-inteiro, da coluna-lombar, do corpo inteiro, do antebraço na ultra-distal foram realizadas através da absortometria radiológica de dupla energia (DXA). Para identificação dos MBOs e hormônio estradiol, a técnica de eletroquimioluminescência foi adotada. A intervenção durou seis meses, com três aulas por semana e 1 hora por sessão. O tratamento estatístico utilizado foi uma SPLIT-PLOT ANOVA, com nível de significância de p ≤ 0,05. Houve diminuição significativa entre-grupos e entre pré e pós-teste em ambos os grupos na DMO da coluna lombar (0,984 ± 0,190 para 0,959 ± 0,175 g/cm2 e 1,021 ± 0,227 para 0,989 ± 0,230 g/cm2, para GI e GC, respectivamente) e diminuição significante entre-grupos na DMO da região do quadril inteiro em ambos os grupos (0,915 ± 0,169 para 0,910 ± 0,174 g/cm2 e 0,970 ± 0,161 para 0,954 ± 0,164 g/cm2, para GI e GC, respectivamente). Já na osteocalcina, ocorreu aumento significante entre-grupos e entre pré e pós-teste no GI (15,44 ± 6,16 para 20,89 ± 9,44 ng/ml) e uma diminuição significante entre-grupos no GC (16, 20 ± 6,95 para 14,18 ± 6,63 ng/ml). Para o CTx houve uma diminuição significativa entre-grupos e entre pré e pós-teste no GI (0,350 ± 0,177 para 0,321 ± 0,256 nanog/ml) e uma diminuição entre-grupos no GC (0,453 ± 0,130 para 0,243 ± 0,206 nanog/ml). Os resultados mostraram um aumento na deposição óssea e uma diminuição da reabsorção em mulheres na pós menopausa. Portanto, o estímulo ósseo estático, por meio da ioga, pode alterar o metabolismo ósseo em mulheres na pós-menopausa.

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