Resumo

O objetivo deste estudo foi verificar se a deficiência mental pode ser um fator de restrição na percepção do espaço durante tarefas de orientação em perspectiva dinâmica. Quatorze indivíduos portadores de deficiência mental (DM) e dez indivíduos normais foram solicitados a retornar para um ponto de partida após se deslocar andando em linha reta e ao longo de dois lados de um triângulo. Distâncias variaram em comprimento de 5 a 24 metros. Condições monocular (MO) e háptica (HA) foram testadas. Uma função psicofísica de potência foi usada para determinar o melhor ajuste da reta psicofísica representativa das distâncias real e produzida. Erros relativos da distância produzida (ERDP) e de desvio angular (ERDA) foram analisados. Os resultados psicofísicos mostraram uma tendência perceptiva em direção à subconstância (picos abaixo de 1.0) para ambos os grupos, ambas condições e tarefas. O grupo DM mostrou desvios angulares maiores nas duas tarefas. Diferenças significativas foram encontradas entre os grupos para o expoente e ERDA. Diferenças significativas também foram encontradas entre as tarefas para as variáveis ERDA e ERDP. Nós concluímos que indivíduos portadores de DM são menos acurados em tarefas de orientação do que indivíduos normais, particularmente para manutenção da rota, e que seu desempenho é mais afetado pela complexidade da tarefa. Palavras chaves: Orientação espacial; deficiência mental; psicofísica do espaço

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