Resumo

O desenvolvimento de doenças coronarianas é aumentado com a menopausa, a inatividade física e também em pessoas portadoras de dislipidemias, que são fatores causadores de lesões endoteliais e teciduais. Considerado como um importante tratamento não farmacológico, o treinamento físico auxilia e promove a melhora em diversas disfunções cardiovasculares. O objetivo deste trabalho foi verificar os efeitos morfoquantitativos do treinamento físico aeróbico no ventrículo esquerdo de camundongos fêmeas ovariectomizadas selvagens e LDL knockout submetidas à privação dos hormônios ovarianos sob parâmetros histomorfométrico e estereológico. Foram utilizados 30 camundongos fêmeas divididos em 6 grupos de cinco animais, sendo: controle não-ovariectomizado sedentário (CS) controle ovariectomizado sedentário (COS); controle ovariectomizado treinado (COT); LDL knockout não ovariectomizado sedentário (LDL-S) e LDL-Knockout ovariectomizado sedentário (LDL-OS) e LDL-Knockout ovariectomizado treinado (LDL-OT). Foram analisados a densidade numérica de núcleos, o volume nuclear médio, a área média, a densidade de volume dos capilares, interstício, miócitos e fibras colágenas do ventrículo esquerdo. Os resultados mostram que em relação a densidade numérica de núcleos, o treinamento aeróbico reduziu os valores para próximo aos do grupo controle e que a ovariectomia proporcionou o aumento da mesma; em relação ao volume nuclear médio e a área média dos miócitos, o treinamento aeróbico de intensidade moderada e a ovariectomia promoveram a elevação desses valores porém sendo menor a hipercolesterolemia; na densidade de volume de miócitos, a hipercolesterolemia evidenciou o aumento desses valores, bem como o treinamento físico; já em relação a densidade de volume dos capilares e a densidade de volume de fibras colágenas, não houve alteração; na densidade de volume de interstício, o treinamento físico promoveu a diminuição desses valores e a hipercolesterolemia fez com que os mesmos fossem menores em relação ao grupo controle, concluindo que atividade aeróbia de intensidade moderada ou o tempo de treinamento utilizado em nossa pesquisa não foram suficientes para que as alterações ocorridas no grupo hipercolesterolêmico fossem expressivamente significantes.

Acessar Arquivo