Resumo

Os diferentes tipos de treinamento de força (TF) apresentam distintas adaptações do tecido muscular como o desenvolvimento de força máxima, potência e/ou força reativa muscular. Dentre estes tipos de TF, estão os treinamentos de força Tradicional, Treinamento de Potência e de Treinamento de Força Reativa, em que está presente o ciclo-alongamento-encurtamento (CAE). A habilidade de produzir força rapidamente requer a participação intensa das fibras do tipo IIX, condição esta frequentemente reduzida em mulheres idosas. A força rápida tem importância significativa para homens e mulheres de todas as idades, destacando-se ainda mais em mulheres idosas. A prescrição de um tipo de TF que melhor desenvolva as atividades de vida diária (AVD) é primordial para a manutenção da independência física e qualidade de vida de idosas. Assim o objetivo principal do trabalho foi avaliar e comparar as adaptações neuromusculares, morfológicas e funcionais em mulheres idosas submetidas a três tipos específicos de treinamento de força. Na revisão de literatura a metodologia embasou-se em pesquisa bibliográfica, utilizando artigos atuais e clássicos da literatura sobre TF em mulheres idosas (publicados, principalmente, a partir de 2000) selecionados nas bases de dados Pubmed e Sportdiscus, que comparassem e analisassem pelo menos dois tipos específicos de TF. No segundo estudo, 58 mulheres idosas saudáveis sem a prática de treinamento de força foram randomizadas em grupo experimental (GE, n= 41) e grupo controle (GC, n=17), e submetidas a seis semanas de treinamento de força resistente. Foram realizadas avaliações da qualidade muscular e sua correlação com os testes funcionais (sentar e levantar em 30s e up foot and go). Como resultado o GE apresentou incremento significativo na qualidade muscular do quadríceps (14,8%) com alta correlação com os testes funcionais sentar e levantar (r=0,62, p< 0,001) e up foot and go (r= -0,72, p< 0,001). O terceiro estudo o GC foi preservado e o grupo experimental foi dividido em Treinamento de Força Tradicional (GT, n=14), Treinamento de Potência (GP, n=13) e Treinamento de Força Reativa (GR, n=14). Foram realizadas avaliações do 1RM extensão de joelhos, espessura muscular, ativação, onset e tempo de reação muscular, taxa de produção de força e testes funcionais como o sentar e levantar e o salto com contra movimento. Como resultados, observou-se que o GR foi mais efetivo que os grupos GT e GP no onset muscular do RC, da taxa de produção de força (0-150 ms), no tempo de reação muscular e nos testes funcionais (p< 0,05). Dessa forma, conclui-se que o treinamento de força reativa é mais efetivo para o desenvolvimento da produção de força rápida do músculo que os outros tipos específicos de treinamento de força, e por conseqüência disto, melhor desenvolve as capacidades funcionais de mulheres idosas.

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