Resumo

A atividade física tem sido apontada como estratégia eficaz na redução e para minimizar os efeitos do estresse, que tem atingido, cada vez mais, pessoas jovens no momento do vestibular. Desse modo, o presente estudo avaliou os efeitos de 16 semanas de condicionamento físico sobre o nível de estresse em ingressantes universitárias. Participaram desse estudo 35 mulheres, não ativas fisicamente, de 18 a 30 anos. O nível de estresse e sua sintomatologia foram avaliados através do uso do Inventário de Sintomas de Stress de Lipp (ISSL) nos momentos pré e pós a intervenção. A sessão de treinamento constava com exercícios aeróbios e de resistência muscular localizada, (60min, três sessões/semana). Para a análise dos dados do ISSL, verificaram-se as tabelas de correção das fases e sintomas de estresse. No início o valor percentual de alunas que apresentaram estresse foi de 48,58% sendo ao final reduzido para 37,14%. As ingressantes que apresentaram sintomas físicos no momento pré eram 4,57±2,94 tendo esse valor reduzido para 3,83±3,57 após o treinamento, e os sintomas psicológicos tiveram redução de 4,80±3,77 no momento pré para 4,23±3,04 no momento pós treinamento. Houve mudança na fase de estresse em que estavam as ingressantes, no início todas estavam na fase de resistência (48,58%), enquanto que ao final houve predomínio da fase de resistência (31,42%) em relação à fase de alerta (2,85%). Conclui-se que houve diminuição da prevalência de estresse em ingressantes universitárias após 16 semanas de condicionamento físico. Além disso, houve redução dos sintomas físicos e psicológicos e mudança na fase de estresse em que as alunas se encontravam, mostrando que esse programa exerceu influencia positiva sobre a diminuição dos níveis de estresse.

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