Resumo

O objetivo deste trabalho foi verificar os efeitos do exercício resistido sobre o estresse mental em adolescentes. Para tanto, foram avaliados indivíduos voluntários, estudantes do Centro Educacional Católica de Brasília (CECB), que se preparavam para o vestibular. A amostra contou com 24 alunos assim distribuídos: grupo experimental (GE) n = 17 (idade = 17 ±0.35; massa corporal = 58,03 ±8,15; estatura = 166,34 ±9,05) e grupo controle (GC) n = 7 (idade = 17,54 ±0,53; massa corporal = 56,78 ±5,85; estatura = 165,55 ±8,32). O nível de estresse foi mensurado por meio do Inventário de Sintomas de Estresse de Lipp (ISSL). O GE participou de um programa de exercícios resistidos (PERO), durante cinco semanas, com freqüência de duas sessões de 60 minutos por semana. O protocolo de exercícios (supino na máquina, remada na máquina, leg press inclinado, flexão de cotovelo, extensão de cotovelo, cadeira abdutora) foi executado em dois sets de 10 repetições máximas (10RMs), com intensidade controlada pela percepção subjetiva de esforço medida pela escala de Borg (CR10). O aluno executou os sets na faixa de 8 a 10 da escala CR10. Para a análise estatística foi utilizado o teste “t” de student e qui-quadrado para as comparações intra e intergrupos, além da análise de regressão linear bivariada para estabelecer a associação entre carga de trabalho (KGT) e nível de estresse antes e após o experimento. Os resultados evidenciaram que o GE teve redução significativa [x2 (1),n = 24, = 8,54; p = 0,003] no nível de estresse após o programa de exercícios resistidos; além disso, permitiram mostrar uma associação entre KGT e o nível de estresse, a correlação foi 0,46; F (1) = 5,89, p = 0,02. Os dados deste estudo nos permite concluir que o GE teve uma redução de aproximadamente 21% no nível de estresse em relação ao GC. PALAVRAS-CHAVE: estresse, exercícios resistidos, adolescentes.