Resumo

O treinamento aeróbio e resistido têm sido prescritos para prevenção e tratamento não farmacológico da hipertensão arterial. No entanto, há escassez de trabalhos investigando os efeitos do treinamento concorrente em mulheres hipertensas. Assim, o objetivo desse trabalho foi investigar os efeitos de um programa de treinamento concorrente sobre pressão arterial de repouso, variáveis bioquímicas (glicose sanguínea e colesterol total), antropométricas (índice de massa corporal e perímetro de cintura) e aptidão funcional em mulheres hipertensas. Dezoito mulheres menopausadas, hipertensas e destreinadas iniciaram o programa, mas somente 10 terminaram. As voluntárias foram submetidas a programa de treinamento concorrente, com frequência de 3 vezes por semana (60 minutos/sessão) e duração de 6 meses. Pressão arterial sistólica e diastólica de repouso, glicemia de jejum, colesterol total, índice de massa corporal, perímetro de cintura e aptidão funcional (AAPHERD) foram mensurados nos períodos pré e pós intervenção. Após confirmação da normalidade, os dados foram analisados usando o test t para amostras em pares, adotando nível de significância de 5% (P≤0,05), além do cálculo do tamanho do efeito de Cohen (ES). Os resultados permitiram observar melhora significativa na pressão sistólica e diastólica de repouso. As outras variáveis não se alteraram significativamente, mas o ES foi médio a grande em diversas variáveis analisadas (índice de massa corporal, glicemia, colesterol total, agilidade, coordenação, aptidão aeróbia, resistência de força e índice geral de aptidão funcional). Em conclusão, esse estudo confirma que um programa de treinamento concorrente de 6 meses diminui os níveis de pressão arterial sistólica e diastólica de repouso em mulheres hipertensas. Além disso, o protocolo sugere melhora em variáveis antropométricas, bioquímicas e funcionais relacionadas à saúde.

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