Resumo

demorei horas a escolher as pontas que devia pegar, o ponto onde começar e as pistas a percorrer para elaborar este ensaio laudatório. Folheei, repetidas vezes, o luminoso cur-riculum vitae das duas figuras que, nesta cerimónia, suscitam a nossa atenção: o sr. prof. manuel Ferreira patrício e o sr. prof. adriano moreira. Vejo nelas o lema da Universidade moderna, formulado por Wilhelm von humboldt (1767-1835): Primado da Verdade sobre a Utilidade. sopeso a sua vida e ela afigura-se-me uma concretização do sentido inscrito na frontaria da Universidade de heidelberg: Ao Espírito Vivo! e, não menos, da constatação do padre antónio Vieira (1608-1697): Há homens que são como as velas; sacrificam-se, queimando-se para dar luz aos outros. Como enaltecer, a contento, o pensamento universal e a consciência lúcida de portugal que as duas insignes personalidades encerram e representam nestes dias incertos e trági-cos, de obscurantismo galopante?por um lado, não me apraz o estilo do senso-comum em vigor, feito de simulações e disfarces, embora ele constitua, nesta era sem ideais e causas tangíveis ou intangíveis, o pilar das linguagens e orientações que cursam à rédea-solta na sociedade e nas suas ins-tituições.

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