Resumo

O estudo identificou a prevalência, entre os docentes de Educação Física do ensino básico da zona urbanade Pelotas/RS, aqueles que relacionavam a inatividade física (IF) com doenças e agravos não transmis-síveis (DANTs) durante as aulas; além disto, foi verificado o momento da aula utilizado e o tempo des-tinado ao conteúdo. Utilizou-se um questionário padronizado contendo questões sobre a relação entre IFe DANTs, informações sobre aspectos demográficos, socioeconômicos, tempo de carreira, horas de trabalhosemanais e nível de atividade física. Responderam ao censo 188 docentes. Apesar do elevado percentualde professores que relataram ensinar pelo menos uma associação entre IF e DANTs (82,8%), sendo aobesidade (84,7%) a doença mais relacionada, somente 17,3% ensinavam a relação com câncer, 33%abordavam a associação com osteoporose e 11% dos docentes relataram ensinar as associações com todasas DANTs. Em relação a obesidade, a faixa etária mais jovem (19-30 anos) era a que menos ensinasobre a associação (p<0,001) e houve tendência de reduzir o ensino desta associação à medida que au-mentava a carga horária do docente (p<0,03). Tendência similar ocorreu com o ensino das associaçõesna parte principal da aula (p<0,02) e com o tempo destinado ao ensino na parte principal (p<0,006).Concluiu-se que apenas as associações mais difundidas na mídia foram ensinadas pela maioria dos do-centes e por docentes com menor carga horária. Ações de capacitação devem ser oferecidas aos professorespara questões relacionadas à saúde, de modo que as aulas possam ser ministradas para além do esporte.


 

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