Resumo

: Nas Artes Cênicas, a partir do século XX, a técnica da Acrobacia foi amplamente utilizada como treinamento do ator em sua preparação para a criação cênica, resultado de pesquisas de um maior direcionamento à uma consciência do corpo e seu consequente despertar de estados, sentimentos e imaginação. Porém, na cena contemporânea, com influência do novo circo, a necessidade e o enriquecimento de um teatro mais visual, a espetacularidade e a tensão dramática dos movimentos possibilitam a utilização da acrobacia como material cênico. Sendo assim, apresenta-se um relato do processo de criação do espetáculo “O Paradoxo da Queda”, que pesquisa a linguagem da Acrobacia em sua relação com o Teatro, Dança e Circo. A partir da ligação intrínseca do movimento acrobático à favor e contra a lei da gravidade - de que esta é constituída de um equilíbrio, que em seguida sofre uma destituição e que retoma à sua estabilidade – utiliza-se a metáfora desta sucessão cíclica de eventos de quedas e saltos para refletir sobre o simples existir do ser humano em seu constante movimento, ou seja, a roda da vida. A partir de experiências com a técnica acrobática, primeiramente como atleta na equipe de Ginástica de Trampolim, seguidamente como ator em um sistema de treinamento corporal, realiza-se uma investigação que conta com o objetivo de explorar a potencialidade cênica, e não mais esportiva, do aparelho gímnico denominado Trampolim Acrobático.

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