Resumo

O presente trabalho aborda o esporte para todos como uma alternativa não-formal da Educação Física, através de uma análise do seu principal veiculador: a revista Comunidade Esportiva. Seus 40 números, publicados em 35 exemplares no decorrer de sete anos - 1/80 a 12/86 - foram analisados, identificando-se a evolução de sua trajetória e mapeando-se o seu conteúdo em quatro áreas básicas, ou seja, (1) informações gerais; (2) processos de teorização; (3) recursos humanos, físicos e materiais e (4) realização de eventos. Observou-se que essa nova vertente da educação física esteve baseada num sistema aberto e flexível, sofrendo influências do meio, interagindo com o mesmo em maior ou menor intensidade e abrangência, refletindo questões ideológicas, econômicas e estruturais, tanto daqueles que a pensavam (núcleo da rede EPT) como do grupo que a disseminava (agentes EPT). As análises realizadas permitiram inferir que esse período foi significativo para a educação física brasileira na medida em que gerou controvérsias dentro de uma área de estudos tradicionalmente refratária à mudanças, entretanto, os pontos discutidos não esgotam todas as questões levantadas pelos autores.

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