Resumo

O presente estudo teve como principal objetivo criar um índice de coesão grupal a
partir das relações interpessoais mantidas dentro de equipes esportivas e caracterizar
o comportamento ideológico de liderança de técnicos de basquetebol, handebol e
voleibol, perante três dimensões específicas do comportamento dos líderes
esportivos: postura profissional, relação social e execução de tarefas no que diz
respeito ao que 673 atletas identificaram como a própria performance de condutas
pessoais empregadas pelos técnicos à frente de suas equipes, além de avaliar as
relações entre o grau de coesão grupal, estabelecido pelos atletas, associados com os
perfis de comportamentos empregados pelos técnicos como líderes. Os dados foram
obtidos mediante a aplicação dos instrumentos de pesquisa - Qualidades pessoais
atribuídas aos técnicos (QAT), Colaboração menos desejado (LPC / ASo),
Colaborador mais desejado (MPC) e Clima ambiental (GAS). O índice de coesão
grupal foi obtido a partir das respostas dos atletas mediante a aplicação do "LPC /
ASo", "MPC" e "GAS". O perfil de comportamento dos técnicos como líderes foi
caracterizado a partir das freqüências atribuídas pelos atletas às qualidades especificas
do comportamento dos técnicos - postura profissional, relação social e execução de
tarefas - que compõem o "QAT". Os resultados apontaram que o grau de coesão
grupal das equipes femininas e masculinas de basquetebol, handebol e voleibol do
Brasil estaria vinculado com as percepções que os atletas têm uns dos outros
(semelhanças entre os opostos) e, com o clima ambiental como fator que assegura
o desenvolvimento das capacidades individuais de interação entre atletas, equipes,
técnicos e objetivos de ações comuns. Nenhuma equipe masculina ou feminina foi
caracterizada com baixos índices de coesão grupal nas opiniões dos atletas. Os
resultados indicam estilos de liderança que vão desde o autoritário até o autoritário.
Os resultados apontam que 76,67% dos técnicos descritos pelos atletas empregam
comportamentos centralizados nas relações voltadas para a execução de tarefas,
enquanto que 23,33% dão ênfase maior para as relações sociais categorizando um
estilo de liderança mais democrático. Concluiu-se, também, que nenhuma relação
foi encontrada entre o grau de coesão grupal estabelecidos pelos atletas e o perfil de
comportamento de liderança empregado pelos técnicos frente às equipes de
basquetebol, handebol e voleibol.

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