Resumo

A análise que faço hoje do Esporte, enquanto mecanismo de introjeção de valores, teorias e idéias, portanto, da ideologia modal neste pais - ausente de homens -, me remete ao questionamento de que, sob os marcos do capitalismo, pensá-lo como vetor progressista norteado para a transformação do soclus e para a geração de consciências críticas da totalidade, portanto, revolucionárias, à partir do clima reacionário sob o qual a sociedade brasileira vive, é ser estúpido, inconsequentente, oportunista. Ora, por mais que se cante loas ao papel, quimérico, do Esporte como alavanca da construção da consciência critica, não é possível negar, a não ser pela mórbida especulação que vaza os intelectuais ditos progressistas - isto porque os conhecidos reacionários já morreram e não sabem -, que pelo Esporte, também, se difunde um conjunto de idéias que sustentam o sentido da vida... burguesa: o consumo conspícuo realizado por "uns" (-10%) e desejado-inalcançável por outros (±80%). As idéias dominante, a rigor, se sustentam pela inversão do real: crenças e mitos - "o mundo é asma, sempre foi assirn!,"cabe ao operário uma sábia resignação" ou "uma ação inteligente" - servil voltada para melhorar sua escravidão, mas nunca para libertá-lo das correntes ou dos grilhões com os quais está preso ao carro fúnebre do capital (inteligente é usado como sinonimia de servil, submisso, capacho, pelego). 

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