Resumo

Pesquisa há muito deixou de ser um conjunto de procedimentos metodológicos específicos de campos do conhecimento para tornar-se uma exigência no universo acadêmico e profissional. Especificamente na Educação Física, este dado tem definido o desenvolvimento da área diante de inúmeras profissões e carreiras que possuem um status construído e estabelecido ao longo de várias décadas, talvez séculos, de história do conhecimento. É notório um movimento acadêmico no qual destaca-se o surgimento de centros de estudos, de laboratórios de pesquisas básicas e aplicadas e um crescente número de publicações nacionais e internacionais. Ingenuidade seria afirmar que este movimento decorre exclusivamente da necessidade de conciliarmos a tríade ensino-pesquisa-extensão. Obviamente, esta perspectiva atual tem muito haver, entre outros aspectos, com a política educacional brasileira de ensino superior. Não obstante esta relação profissional e política, a melhoria da relação entre o que ensinamos, o que aprendemos e o que oferecemos, certamente se evidencia no momento em que qualificamos o nosso conhecimento com o respaldo da pesquisa. Dito de outra forma, a atividade docente, por exemplo, deve estar estreitamente ligada à atividade de pesquisa na qual o conhecimento que absorvemos nos nossos estudos referencia um melhor ensino e também reforça um ciclo de constante produção. Nesta esteira, abre-se novas frentes e perspectivas de pesquisa para a Educação Física, dentre elas, a pesquisa sociológica. Para abordarmos minimamente esta perspectiva procuramos, num primeiro momento, orientar nossa reflexão e discussão a partir de inquietações que fundamentam e dão sentido aos rumos da pesquisa sociológica na Educação Física. Especificamente, neste trabalho, trataremos de três questões: 1) Por que e como fazer pesquisa sociológica? 2) Quais conteúdos da Educação Física permitem esse procedimento de análise? 3) E, por que Sociologia do Esporte?

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