Resumo

Empiricamente, percebemos que quadras poliesportivas, ginásios cobertos, pistas de atletismo, campos de futebol, piscinas, enfim, locais dos esportes que podem ser chamados “urbanos” tem dado lugar aos esportes de contato direto com a natureza, nos quais a competição e a disputa entre atletas deixam de ter importância primária quando se considera um outro aspecto: a capacidade e a determinação de cada um em superar os seus limites no confronto direto com a natureza. Procuramos definir dentro do tema esportes e meio ambiente o nosso objeto de estudo, qual seja, os esportes da natureza, os esportes radicais ou os esportes de aventura – como registram as diferentes terminologias empregadas neste cenário – diante da problemática que os envolve com suas representações sociais, econômicas e culturais. O objetivo geral deste estudo concentra-se na perspectiva de entender a “evolução” e o desenvolvimento dos esportes radicais, de aventura ou de contato com a natureza a partir das análises sociológicas das representações sociais contidas neste contexto. Por quê o esporte radical e o esporte em contato com a natureza teve um aumento significativo no número de praticantes, um destaque acentuado na mídia e mais revistas especializadas e programas interativos? Por quê empresas tem investido em eco-turismo e esportes de aventura? Por quê as pessoas estão procurando cada vez mais a prática de esportes radicais e de contato com a natureza? Que tipo de representação simbólica estes esportes tem remetido à sociedade? Tendo em vista o atual momento de mundialização das práticas culturais e a inserção e afirmação deste novo fenômeno social esportivo, ou seja, os esportes envolvidos com a natureza, entendemos ser relevante a perspectiva da realização de estudos sociológicos voltados para a identificação e o entendimento das relações e interdependências que se estabelecem na estruturação deste cenário esportivo.

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