Resumo

A busca por melhores condições de vida é pautada na autonomia e na realização
pessoal e, no caso dos idosos, assume papel fundamental nas relações entre saúde e
envelhecimento, mantendo sua integração na sociedade. Promover a inclusão social
e manter o nível de atividade desejada depende, principalmente, de níveis mínimos
de aptidão funcional, o que determina a importância da atividade física na melhoria
da qualidade de vida. Por meio de uma revisão bibliográfica este trabalho busca
identificar a proposta do esporte para o idoso como um fenômeno sociocultural,
não associado à performance e relacionado à educação e reeducação dos movimentos,
a melhora da auto-estima e auto-imagem, a superação de desafios, o estímulo à
disciplina, respeito e tolerância e a participação de todos. Visto que atividades
esportivas nesta faixa etária não são estudadas usualmente faz-se necessária a
investigação de aspectos comuns ao envelhecimento, a atividade física e o esporte
em diversas outras faixas etárias. Deste modo o SESC São Paulo apresenta um
estudo desenvolvido pelas Gerências Desenvolvimento Físico Esportivo (GDFE)
e de Estudos e Programas da Terceira Idade (GETI) e por um grupo de técnicos,
com o intuito de fundamentar e redirecionar o trabalho prático na área de esportes
para idosos. Se nos primórdios da prática das atividades físicas e esportivas a ênfase
era à criança e ao jovem, o mesmo não se pode afirmar para os dias de hoje. A
participação do idoso é crescente, tanto em número como em significado, e é
importante a realização de pesquisa para atender este segmento populacional, seja
na área cultural, social ou política. Assim, queremos salientar que o que se espera
com este estudo é indicar caminhos para um trabalho consciente e profissional,
considerando as muitas particularidades do idoso. "... há a necessidade de uma nova
experiência do envelhecer, na qual as pessoas tenham contato com o novo,
desempenhem atividades, aprendam coisas diferentes, mantenham papéis sociais
que lhes sejam significativos, de modo a manterem o sentido da vida" (OKUMA,
2002). Este documento é uma parte da constante reflexão e aprimoramento que
permeia as ações do SESC e, portanto, não é conclusivo. Os indicadores apresentados
poderão nortear a condução dos programas para idosos na área de esportes e devem
ser ampliados com os estudos, pesquisas, experiências práticas e troca de informações.

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