Resumo

Este ensaio está voltado à leitura dos textos de escritores que colaboraram com os principais jornais do eixo Rio-São Paulo (representados aqui pelos diários O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo e Jornal do Brasil) na cobertura da Copa do Mundo de Futebol de 1998, realizada na França. Esse torneio cristalizou uma tendência crescente do meio impresso brasileiro à época: a convocação de escritores e cronistas dos cadernos de cultura para comentar as partidas do Mundial. Analisamos aqui como as colunas e crônicas desses escritores, permeadas pelas funções metalinguística e poética, enriqueceram as páginas esportivas com relatos, narrativas ou comentários imagéticos, subjetivos e até mesmo ficcionais sobre o futebol, num fenômeno que se contrapôs, assim, à busca do referente e da isenção jornalística.

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