Resumo

Além das diversas alterações fisiológicas e estruturais causadas pelas lesões, vários fatores psicológicos podem influenciar tanto na lesão, quanto no processo de reabilitação. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi verificar os estados de humor e estresse de atletas lesionados em início de tratamento fisioterapêutico. Participaram deste estudo 41 atletas (32 homens) com algum tipo de lesão musculoesquelética, com idade entre 18 e 44 anos (25,6 ± 6,6 anos). Inicialmente foram obtidos o diagnóstico (lesões musculares, ligamentares e ósseas) e o tempo de lesão (crônicas, subagudas e agudas). No primeiro dia de tratamento foram aplicadas a Escala de Humor de Brunel e a Escala de Estresse Percebido, além de uma ficha de caracterização dos atletas quanto ao sexo, idade, condições sócio econômicas, auto-avaliação do controle do estresse, qualidade do sono e repouso. Os tipos de lesões mais incidentes foram as musculares (52,4%) seguidas pelas lesões articulares (33,3%) e ósseas (14,3%). Foi constatado que os participantes tiveram uma média do índice de estresse percebido considerado moderado-baixo (18 pontos) com valores variando entre 0 à 30 pontos. Quanto ao humor, foi verificado níveis toleráveis, compostos por elevado vigor (10,6 ± 2,6 pontos), tensão (3,2 ± 2,6 pontos), fadiga (3,3 ± 3,4 pontos) e confusão (2,1 ± 2,1 pontos), associados a níveis moderados de depressão (1,5 ± 2,1 pontos) e raiva (1,3 ± 2,1 pontos). De maneira geral, os atletas lesionados apresentaram níveis de estresse considerados moderado-baixo e bom autocontrole do estresse, níveis toleráveis de humor, com elevado vigor, tensão, fadiga e confusão, associados a níveis moderados de depressão e raiva. Atletas acometidos por lesão há menos tempo apresentam níveis maiores de tensão.

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